A Infobase e a Interativa se reuniram com os melhores especialistas do mercado de tecnologia para desenvolver conteúdos exclusivos. Confira!
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O universo da tecnologia é dominado pelos homens. Não por uma questão de capacidade ou interesse, mas por motivos sociais e mercadológicos. Essa ausência, ou baixa representatividade feminina, ajudou a construir o preconceito contra mulheres na área, a criar narrativas e formatos majoritariamente masculinos e excludentes, e a gerar a falta de diversidade nos portfólios.
Veja nosso infográfico e conheça mais sobre o cenário do mercado e os motivos que afastam as mulheres desse setor.
A presença feminina na área de tecnologia é baixa, mas há uma questão cultural e histórica por trás dessa realidade. Até 1984 o número de mulheres nos cursos de computação era relativamente proporcional ao de homens, quase meio a meio, segundo a National Science Foundation e a American Bar Association. Porém, alguma coisa aconteceu a partir desse ano, que fez essa proporção cair pela metade nos 30 anos seguintes – ainda que esse percentual tenha aumentado em outros cursos.
2018
– Apenas 17% dos programadores no mundo eram do sexo feminino.
– Startups de tech lideradas por mulheres receberam apenas 2.7% do capital total investido pelas Venture Capitals.
2019
– No Brasil, somente 18% dos graduados em ciência da computação e 25% dos empregados em áreas técnicas de tecnologia da informação eram mulheres.
– 36.300 mulheres formadas na área buscavam colocação no mercado.
2020
– Em 21% das equipes de tecnologia do País, não havia sequer uma mulher.
– Em 64,9% dos casos as mulheres representavam no máximo 20% das equipes de trabalho em tecnologia.
– Mulheres com filhos encontram ainda mais dificuldades e não estão presentes em 62,1% das equipes.
– Em 32,7% dos casos, não há nenhuma pessoa negra nas equipes de trabalho e, em 68,5%, elas representam no máximo 10% dos membros.
– O percentual de convites para entrevistas destinados às candidatas mulheres ficou em 17%
– 54% de presença feminina em Marketing Digital e, em Finanças, área predominantemente masculina, as mulheres já ocupam 48% das vagas.
– A contratação de mulheres aumentou 12%
– Os principais cargos e áreas ocupados nas equipes foram:
Desenvolvedora
Analista
Gerência
Project
Tester
Design
Média de anos estudados, pessoas acima de 10 anos:
Total -> 5,7 anos
Homens -> 5,6 anos
Mulheres -> 5,9 anos
No ensino superior:
Cursos de química na rede federal de educação profissional, científica e tecnológica
Mulheres +1,16%
Homens -14,21%
Cursos de engenharia:
Mulheres +22,5%
Homens +28%
Em tecnologia da informação, informação e jogos digitais:
Mulheres +14,6%
Homens +24,9%
“Na escola, 74% das meninas demonstram interesse nas áreas de Ciência, Tecnologia, Engenharia e Matemática, mas quando chega a hora de escolher uma graduação, apenas 0,4% dessas meninas escolhem Ciência da Computação.
É um dilema Tostines: Não há mulheres por que o ambiente é hostil ou o ambiente é hostil por que não há mulheres?”
PrograMaria
– Dados recentes do Fórum Econômico Mundial apontam que a desigualdade de gênero no mercado de trabalho deve demorar 257 anos para ser resolvida.
– A estrutura de poder vigente faz com que a pretensão salarial divulgada pelas mulheres seja 22% menor que a dos homens.
– Por outro lado, o número de mulheres que aceitam convites para vagas que oferecem salários abaixo da pretensão caiu de 62% em 2017 para 54% em 2019.
Média por setor em 2019:
Serviços ligados à engenharia
Homens – R$2.658
Mulheres – R$2.677
Ciências físicas e naturais
Homens – R$11.802
Mulheres – R$10.457
Serviços em tecnologia da informação
Homens – R$6.256
Mulheres – R$4.519
Talvez até aqui, o fato da tecnologia ser colocada como uma atividade masculina não pareça lá um grande problema. Mas o “X” da questão é que esse contexto fez surgir um preconceito no mercado com relação às mulheres. As decisões no momento de recrutar e contratar profissionais acabam sendo enviesadas e projetos de tecnologia criados por mulheres batalham mais para receberem investimento. Essa estrutura, se não for quebrada, perpetuará e potencializará os problemas atuais. Por isso tantos grupos de mulheres e suas intersecções buscam por um cenário mais favorável e equilibrado, que ofereça as mesmas oportunidades para todos, independente do gênero, raça e classe.
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Referências
MIT Technology Review Brasil
https://mittechreview.com.br/por-que-as-mulheres-sao-minoria-na-area-de-tecnologia/
Folha Dirigida
https://folhadirigida.com.br/mais/noticias/empregos/presenca-feminina-em-carreiras-de-tecnologia-cresceu-em-2020
CNN Brasil
https://www.cnnbrasil.com.br/business/2020/09/21/mulheres-conquistam-espaco-no-setor-de-tecnologia-mas-desigualdade-ainda-impera
Pesquisa #QUEMCODABR
https://assets-global.website-files.com/5b05e2e1bfcfaa4f92e2ac3a/5d671881e1161a6d2b8eb78b_Pesquisa%20QuemCodaBR.pdf
G1
https://g1.globo.com/economia/concursos-e-emprego/noticia/2021/03/08/mulheres-ganham-espaco-em-ciencia-e-tecnologia-mas-salarios-ainda-sao-abismo-entre-generos.ghtml